Mateus Solano derruba celular de espectadora durante peça e se oferece para reparar dano

Durante uma apresentação da peça O Figurante, em Santa Rosa (RS), o ator Mateus Solano protagonizou um momento inesperado: ao perceber que uma espectadora filmava a cena, ele reagiou e acabou derrubando o celular da pessoa.

O incidente no teatro

No meio da encenação, o artista percebeu que o celular da plateia registrava o espetáculo, o que costuma ser proibido em peças ao vivo. Sem interromper o texto, Mateus deu um tapa no aparelho, que caiu e continuou captando o som ambiente enquanto o espetáculo seguia.

Segundo testemunhas, o público ficou surpreso com a postura, e as reações se dividiram entre quem considerou exagero e quem apoiou a atitude do ator.

Posicionamento da produção

A produção da peça afirmou que, antes de cada sessão, o público é avisado quatro vezes sobre a proibição de filmagens. Além disso, explicou que dentro da peça, o ator desempenha a personagem Ivana, que circula pela plateia e interage com os espectadores — o que eleva a complexidade do espetáculo.

Eles informaram que Mateus Solano já se colocou à disposição para reparar qualquer dano no aparelho da espectadora.

Repercussão nas redes

Nas redes sociais, o episódio gerou forte repercussão. Alguns internautas apoiaram o ato, alegando falta de respeito com o teatro e com os artistas. Outros criticaram a atitude, dizendo que o ator foi agressivo demais por algo que poderia ser resolvido de maneira menos brusca.

Frases como “Você pede milhões de vezes antes do espetáculo, não entendo como ainda filmam” foram vistas entre os comentários, assim como críticas ponderadas sobre o impacto do ato em relação à liberdade individual.

Reflexões além do palco

O episódio reacende um debate antigo: até que ponto o público pode registrar um espetáculo ao vivo? A arte teatral vive na presença, no som, no ambiente — e depende da atenção total da plateia.
Quando alguém decide filmar, pode afetar o foco dos atores e do público ao redor. Por outro lado, especialistas em direito lembram que o controle excessivo pode esbarrar na liberdade individual.

O gesto de Mateus Solano, por mais controverso, reflete tensionamentos entre proteção da arte ao vivo e os desejos de documentar tudo com um clique.